Max Weber, o pai da Sociologia, nascia há 150 anos

Max Weber, o pai da Sociologia, nascia há 150 anos



A despeito das ciências já existentes na época — como Física, Química, Biologia e Psicologia — que se dedicavam a explicar o mundo, o século 19 viu nascer o futuro pai da Sociologia, a ciência que analisa a sociedade como um todo: o pesquisador alemão Max Weber.


Mais velho de sete irmãos, Maximilian Carl Emil Weber nasceu na cidade de Erfurt, na Alemanha, em 1864. Oriundos da classe média alta e filhos de um político liberal e de uma calvinista, Max e seus irmãos sempre foram estimulados por seus pais a se manterem estudando.


Aos 18 anos, Weber entrou na Universidade de Heidelberg e lá começou a estudar Direito. Paralelamente, iniciou os estudos em Economia Política, História e Teologia. Em 1884, transferiu-se para a Universidade de Berlim e, cinco anos depois, concluiu o doutorado em Direito.


No ambiente acadêmico, Weber se destacou com artigos nos quais analisava o processo de migração de poloneses na fronteira da Alemanha. Em outra produção que repercutiu bastante, ele destacou a modernização econômica da Alemanha que, acelerada, estava minando o poder da aristocracia agrária.


Até aquele momento, as tentativas de estudo da sociedade falhavam por se aproximarem das ciências exatas, ou seja, com regras e modelos muito bem conhecidos. O pai da Sociologia mudou completamente essa visão, defendendo que as ações humanas variam de grupo para grupo e que essas variações se devem aos diferentes valores presentes em cada sociedade.


Ao longo da vida, Max Weber publicou uma série de obras, mas duas se destacaram e são bastante lembradas até hoje: “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e “A Política Como Vocação”.


Em 1894, Max Weber assumiu o cargo de professor de Economia na Universidade de Freiburg e, dois anos depois, foi transferido para a Universidade de Heidelberg.


O intelectual serviu na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), administrando diversos hospitais em Heidelberg. Depois da guerra, tornou-se diretor do primeiro instituto universitário de Sociologia da Alemanha e ajudou a redigir a Constituição da República de Weimar.


Weber trabalhou até perto do fim da vida. Morreu em 1920, aos 56 anos, em Munique, vítima de pneumonia aguda.


[Fonte: Globo Cidadania]